Segundo estudo publicado no dia 01 de agosto de 2018 pela ONG californiana Global Footprint Network, o planeta entrou no cheque especial do consumo dos recursos naturais a partir desta data, chamada de Dia da Sobrecarga da Terra – o momento em que a demanda anual da humanidade em relação à natureza ultrapassa a capacidade de renovação dos ecossistemas terrestres.
Ou seja, os homens estão consumindo mais do que a Terra tem condições de repor. No dia 01/08, a Humanidade exauriu seu orçamento em relação ao que a natureza pode fornecer no ano. O déficit que ficou para setembro, outubro, novembro e dezembro significa redução dos estoques naturais e aumento do acúmulo de gases do efeito estufa na atmosfera.
O dia 1º de agosto é o Dia da Sobrecarga da Terra mais cedo desde a década 1970, quando o mundo começou a esgotar os estoques do planeta antes de acabar o ano. Avaliando a
série histórica, os pesquisadores perceberam que a cada ano o planeta entra no “cheque especial” cerca de três dias mais cedo. Se o panorama atual não mudar, serão necessários dois planetas até 2030.
É necessário então, tomar-se uma atitude em relação ao quadro ameaçador que se avizinha, e cabe às empresas grande parte da responsabilidade. Entre os muitos desafios que as companhias terão que enfrentar nas próximas décadas, um dos principais será encontrar o equilíbrio necessário entre o crescimento econômico e o respeito ao meio ambiente e aos aspectos sociais envolvidos em suas operações.
Avanços nas práticas de gestão empresarial vêm sendo incorporados pelas organizações para cooperar com o desenvolvimento sustentável. É evidente que a multiplicação de dividendos
continua a ser o postulado máximo do sistema. Mas já não é mais o seu único pilar.
Cada vez mais, as corporações vêm aderindo a um novo tripé: o lucro, as pessoas e o planeta. Em inglês, são os “3 Ps” (profit, people, planet). Em resumo, além de fazer dinheiro, é necessário ter responsabilidade social e ambiental, de modo que o crescimento econômico seja viável a longo prazo.