O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, sancionou recentemente a lei que obriga os comerciantes a usar e fornecer aos consumidores apenas canudos feitos com material ecologicamente correto. De acordo com o projeto de lei, quem descumprir a medida está sujeito à multa de R$ 3 mil.
“Obriga os restaurantes, lanchonetes, bares e similares, barracas de praia e vendedores ambulantes do Município do Rio de Janeiro a usar e fornecer a seus clientes apenas canudos de papel biodegradável e/ou reciclável individualmente e hermeticamente embalados com material semelhante.”
Mesmo levando-se em conta o potencial poluidor do canudo, o fato é que, para algumas aplicações, o canudinho de plástico é insubstituível. Quando ele entrou no mercado, era principalmente por uma questão de higiene, já que as latinhas e copos apresentavam índices de transmissão de leptospirose.
Porém, atualmente, não há ainda um produto melhor e de custo tão baixo para substituí-lo. E que ainda pode ser reciclado. O canudinho representa apenas 0,03% do consumo de plástico no Brasil. Se for utilizado outro material, como o vidro, tem-se que gastar água para lavar, e economizar água é tão importante quanto reciclar matéria prima.
Por que proibir canudos de plástico?
O banimento dos canudos de plástico se deve muito mais como um gesto educativo, já que são um símbolo, e a sociedade precisa tomar consciência do problema que representa o plástico pra o futuro do planeta. Há estudos
internacionais que apontam o canudo como um dos dez itens mais encontrados no oceano, causando a morte de inúmeros animais.
Assim, a proibição dos canudos funciona como uma ferramenta de conscientização ambiental, incentivando a mudança de hábitos, como ocorreu com o uso do cinto de segurança e com o cigarro. De toda forma, o problema do canudo no mar seria resolvido se as pessoas fossem educadas para descartar seu lixo de forma correta e enviar o material para a reciclagem.
O que você acha dessa decisão?