Com o passar do tempo, percebe-se uma maior compreensão da sociedade sobre a dimensão do termo “sustentabilidade”. Há vários anos, os cidadãos, cada vez mais informados e conscientes, esperam que as empresas tenham não só direitos, mas também responsabilidades para com as sociedades onde e com quem atuam. Da mesma forma, há muito, as corporações começaram a descobrir que ser socialmente responsável torna-se uma vantagem competitiva, atraindo benefícios financeiros concretos, como investimentos, redução de custos e maior receita anual.
As empresas perceberam que a responsabilidade socioambiental se traduz em lucro, ampliação do mercado, além de dar um novo sentido ético às atividades. No entanto, o que ocorria era uma ampla utilização de projetos socioambientais como ferramentas de marketing, traduzindo-se em “green washing” – mostrando empresas como “verdes” quando, na verdade, não o são – ou “cause washing” – quando as ações sociais não são espontâneas, e sim peças de propaganda.
Entretanto, tem ficado cada vez mais claro que a sustentabilidade é, antes de tudo, uma cultura empresarial, um modus operandi que deve estar intrínseco em todas as etapas da produção, transformando-as em atividades sustentáveis do começo ao fim. As boas práticas têm que ser verdadeiras, incorporadas ao cerne das empresas, para que não fique no ar suspeita de oportunismo ecológico ou social. Com atitudes sustentáveis inerentes ao processo, os empresários não precisarão pensar em caridade ou compensações socioambientais, já que o próprio negócio se encarregará disso. Na sustentabilidade, a empresa é a marca.
Ou seja, a sustentabilidade deve ser integrada à estratégia geral das companhias, permitindo a geração de valor a longo prazo, impacto social positivo e minimização da pegada ecológica. Ética e integridade são fundamentais na condução de negócios verdadeiramente sustentáveis, guiando todos os aspectos decisórios, planejamentos e ações, a fim garantir o futuro e o sucesso das corporações.